FIB-FELICIDADE INTERNA BRUTA. Um dos fundamentos que pode ajudar para administrar um Lions Clube com sucesso é conhecer sobre a FIB

FIB-FELICIDADE INTERNA BRUTA. Um dos fundamentos que pode ajudar para administrar um Lions Clube com sucesso é conhecer sobre a FIB para orientar o tipo de serviço comunitário a prestar. Felicidade Interna Bruta é um indicador sistêmico desenvolvido no Butão, um país localizado no Himalaia, entre Índia e China, um dos mais belos países do mundo, com rios cristalinos e exuberantes florestas, repletas de biodiversidade. É conhecido como "Último éden" na vida real. O conceito do FIB nasceu em 1972, elaborado pelo rei JIGME SINGYA WANGCHUCK, que numa entrevista proferiu a célebre declaração: "A Felicidade Interna Bruta é mais importante do que o PIB-Produto Interno Bruto". Por conta disso, os butaneses afirmam que o FIB é a expressão de um sistema de valores que foi moldado por sua cultura durante séculos. Sob a orientação dos seus sábios e compassivos reis, eles têm aplicado o FIB, como eles mesmos admitem, intuitivamente, preservando assim a integridade espiritual da sua nação, e se esforçando para equilibrar o desenvolvimento econômico com preservação ambiental, boa governança e promoção cultural. No ano de 2005, o Butão recebeu das Nações Unidas o prêmio de campeão da Terra: 70% do seu território mantêm cobertura vegetal, da qual 60% é constituída de florestas. Em 1999, o Instituto de Pesquisas Centro para Estudos do Butão-CBS foi estabelecido através de um decreto executivo do Primeiro Ministro, para conduzir estudos de natureza interdisciplinar, abrangendo aspectos sociais, culturais e econômicos do país, e especialmente para pesquisar e desenvolver o conceito de Felicidade Interna Bruta. Desde o início do século XXI já foram realizadas cinco Conferências Internacionais sobre FIB, a saber:
a) - A primeira no Butão;
b) - A segunda na Nova Escócia, no Canada, em 2005;
c) - A terceira em Bangcoc, Tailândia, em 2007;
d) - A quarta no Butão, em 2008 e
e) - A quinta em Foz do iguaçu, no Estado do Paraná, Brasil.
Durante este tempo, o Centro para Estudos do Butão, sob o patrocínio do PNUD-Programa para Desenvolvimento Econômico das Nações Unidas, e juntamente com um grupo de especialistas internacionais, desenvolveu um indicador de FIB para medir esse conceito quantitativa, qualitativa e estatisticamente. Baseando-se na premissa de que mensurações de bem-estar de natureza subjetiva são tão importantes como as medidas de consumo do PIB, o bem-estar ou a FELICIDADE de uma população são analisados pela mensuração dos fatores que, de acordo a nova ciência da hedônica (estudos sobre a felicidade), levam a esse estado. Existe um grupo formado para orientadores para o movimento FIB, constituído por:a) - Dasho Karma Ura - Presidente do Centro dos Estudos de Butão;b) - Dr. John Helliwell, economista e pesquisador da ciência da hedônica na Universidade da Nova escócia, no Canadá;c) - Miochael Pennock, Diretor do Observatório para Saúde Pública do Estado de ritish Columbia, Canadá;d) - Nic Marks, Fundador, New Econimics Foundation, Reino Unido e criador do "Happy Planet Index";e) - Dr. eric zencey, Professor de Estudos Políticos, Universidade Estadual de Nova Iorque, EUA; ef) - Dr. takayoshi Kusago, Professor de Desenho de sistemas sociais, Kansai University, Japão.
No Brasil, a Dra. SUSAN ANDREWS, psicóloga e antropóloga que fundou e coordena a ecovila Parque Ecológico Visão Futuro, e o Instituto Visão Futuro (www.visaofuturo.org.br), tem sido há muitos anos fascinada pelo conceito de FIB, uma vez que oito das nove dimensões do FIB são os oito princípios norteadores das ecovilas através do mundo. Depois de ter participado da 3a. Conferência Internacional sobre FIB na Tailândia, em 2009, a Dra. Susan foi convidada pelo movimento ineternacional para coordenar a disseminação do FIB no Brasil.
Depois de implantação do projeto-piloto inicial ministrado na cidade de Angatuba, no interior de são Paulo, dois outros projetos-piloto foram conduzidos em 2009. Um em Itapetininga-SP, e outro em Campinas. E além desses dois projetos-piloto, um terceiro numa versão destinada a potencializar a atuação de responsabilidade sócio-ambiental no setor privado, foi desenvolvido para ser aplicado na Natura Cosméticos. OS 9 INDICADORES DO FIB
01 - Bem-estar psicológico;
02-Acesso à cultura;
 03) - Proteção ambiental;
04) - Vitalidade comunitária;
05) - Boa saúde;
06) - Gerenciamento equilibrado do tempo;
07) - Bom padrão de vida econômica;
08) - Boa governança; e
09) - Educação de qualidade. Esses indicadores são pontuados, de 0,1 a 1,0. Quanto mais próximo de 1,0 (um inteiro) melhor.

Estabelecido pelo Rei Jigme Singye Wngchuck, de Butão, aos 20 anos em 1986. Ele parecia antever que, nas décadas seguintes, o mundo daria mostras de que o seu crescimento não fora seguido por um aumento de felicidade das pessoas.O que o Butão faz é selecionar, para cada uma das dimensões, atributos que as compõem. Mede cada um dos atributos por meio de pesquisas junto à sua população e chega a um índice cujo valor máximo é 1,0. Hoje, o FIB do Butão é 0,6. O PIB pode ser resultado da adoção de meios brutais para gerar índices de crescimento. O mundo é bom em registrar dinheiro, mas é falho no que diz respeito ao capital humano e ao capital social, que fazem enorme diferença para a felicidade individual e a coletiva. Os governos deveriam ter como missão prover aos cidadãos meios para alcançarem as metas que são compartilhadas por todos os seres humanos: felicidade, satisfação na vida e bem-estar. Ao propor FIB, um índice de desenvolvimento que não leva em conta somente os aspectos materiais da existência, essa pequena nação asiática alerta: há mais do que dinheiro a aspirar. Afinal, a ciência chamada Hedônica já provou que, após um determinado patamar de renda, ninguém fica mais feliz com o seu incremento. a FIB está ligada ao desenvolvimento de um povo. é uma ideia que o Canadá, a Inglaterra e a Tailândia já aprovaram e estão adaptando às suas realidades. A ONU, ao estabelecer o IDH-Índice de Desenvolvimento Humano, em 1.993, de algum modo sinalizou que o PIB não era adequado para medir o desenvolvimento de um povo. O PIB mede um progresso que pode perfeitamente esconder retrocessos ou danos que seriam proibitivos, se fossem levados em consideração. EXEMPLOS: a) - vender soja do Brasil para alimentar os porcos da China faz o PIB do Brasil crescer, mas o custo para os ecossistemas, contudo, não se parece nem de longe com desenvolvimento; b) - No ano de 2.008, o Brasil aumentou a produção de automóveis em cerca de 6o% em relação ao ano anterior. Aumentou-se o PIB, mas criou-se um imenso passivo ambiental, com redução de fonte de matérias primas e lixos após 10 anos; c) - tomar água mineral, contribui mais para o PIB do que tomando água da torneira. Mas não se leva em conta que o impacto ambiental de uma garrafa de plástico e do transporte em caminhões é exponencialmente maior do que abrir a torneira; d) - Quando há um acidente de trânsito, o PIB aumenta, pois há demanda por serviços de oficinas e peças. Em casos mais graves, são exigidos serviços e materiais médicos. O PIB esconde que, no fundo, há um desperdício. e) - Veja o caso de terremoto em Haiti. Certamente que o setor de construção civil registrará uma grande contribuição para o crescimento do PIB daquele país, mas com mais de 200.000 vítimas fatais? É o caso de se comemorar pelo incremento do PIB?
Nós do Lions Clube Curitiba Batel tivemos o privilégio de participar da Comissão da FIEP-Federação das Indústrias do Estado do Paraná sobre o FIB, inclusive com a presença da Dra. Susan Andrews. Aprendemos a essência da filosofia de FIB e estamos aplicando nos projetos de desenvolvimento comunitário. Por isso, todos os programas dentro de projeto têm que contribuir para um ou mais indicadores do FIB. No período de 20 a 23 de novembro de 2009 foi realizada a 5a. Conferência Internacional sobre FIB, na cidade de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, Brasil. Dentre os palestrantes convidados, estava o Dr. Takayoshi Kusago, da Kansai University, do Japão. Como tinha trabalhado junto no mês de setembro, num projeto de JICA/UNESCO, denominado: "A Educação para o Desenvolvimento Sustentável em Comunidades", por 15 dias, percorrendo os estados do Paraná, Bahía, Pará e Brasília, culminando com a realização de um Seminário com a participação de representantes de seis Ministérios do Governo Brasileiro, para discutir e analisar as diferentes realidades constatadas por nossa equipe, para encaminhamento de soluções requeridas, ele veio a Curitiba após término da Conferência em Foz do Iguaçu. Aqui em Curitiba visitamos diversas comunidades onde o Lions Clube Curitiba Batel vem realizando projetos de desenvolvimento comunitário, além de visitas às Universidades, Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais, contactando pessoalmente com a realidade paranaense. O Lions Clube Curitiba Batel aplicou os princípios do FIB no projeto "Zumbi/Mauá-Ação Ecológica", no município de Colombo. Estas oportunidades vieram para nós, em decorrência de estamos envolvidos no processo aqui no Paraná no seu dia a dia. Em outro artigo vamos explanar sobre a bela experiência adquirida ao visitar diversos projetos no interior do imenso Brasil, dentro do programa da ONU denominado: "A Educação para o Desenvolvimento Sustentável em Comunidades". As fotos abaixo dão uma ideia sobre o FIB e as viagens que empreendemos ao interior do Brasil, visitando diversas comunidades assentadas, para verificar seus estágios, acertos e desacertos. Querer é fazer acontecer.

PMJF CL TOSIHIRO IDA
Querer é fazer acontecer.
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